Artagão Júnior destaca a falta de investimentos durante audiência da CPI do Pedágio em Guarapuava
O deputado Artagão Júnior foi a Guarapuava, nesta quinta-feira (7), para participar da reunião itinerante da CPI do Pedágio. O encontro, realizado na...
O deputado Artagão Júnior foi a Guarapuava, nesta
quinta-feira (7), para participar da reunião itinerante da CPI do Pedágio. O
encontro, realizado na Câmara de Vereadores, reuniu vereadores e lideranças
locais.
O deputado Artagão Júnior novamente argumentou sobre a falta
de transparência. “O modelo de pedágio implantado no Paraná é totalmente lesivo
ao Estado. Nunca se ouviu falar em uma situação parecida. Em princÃpio, os
preços foram pré-fixados, uma espécie de congelamento. Um pouco antes das
eleições para o governo do Estado, os preços foram reduzidos em 50%, com o
governo arcando com os outros 50%. Foi uma manobra puramente eleitoreira.
Depois que ocorreram as eleições, em caso pensado, os preços voltaram ao
normal. Durante o perÃodo em que o preço ficou reduzido, as concessionárias
deixaram de investir nos trechos e até hoje continuam não investindo. Para se
ter uma ideia, de 1800 quilômetros de estradas vicinais que poderiam ser
agregadas à proposta e que receberiam melhorias, tivemos apenas 300 quilômetros
melhorados. Isto representa apenas 11% dos investimentos previstos”, lembrou
Artagão Júnior.
Durante o perÃodo em que os preços ficaram reduzidos, as
concessionárias entraram na justiça para que também ficassem desobrigadas de
investir nos trechos em datas futuras, ou que pelo menos houvesse uma postergação
dessas obrigações. A justiça entendeu, após várias audiências, que houve quebra
de contrato por parte do governo e as concessionárias então ficaram isentas dos
investimentos estipulados no inÃcio. Para o deputado, nesta queda de braço, quem
ganhou foram só as concessionárias, pois o povo, maior interessado, perdeu muito com todas as manobras. O governo, por sua vez, também não arcou com os
custos.
Outro aspecto levantado é o fato de os recibos entregues nas
praças não serem efetivamente notas fiscais. “Tudo fica muito vago. Não há como saber quanto
dinheiro entrou nestas empresas e nem quanto saiu. Esta é uma contabilidade que
não fecha. Nem o governo e muito menos o povo fica sabendo sobre as receitas
reais destas empresas que exploram um bem que é público, como as rodovias”,
comentou o deputado.
O prazo final para a apuração das irregularidades referentes
aos contratos dos pedágios, bem como a apresentação de um relatório detalhado
sobre o assunto, acaba em março do ano que vem. Os contratos de concessão das
empresas que exploram os trechos paranaenses encerram-se em 2021. Com informações do jornalista José Luiz dos Santos