Artagão Júnior fala das mortes nas rodovias paranaenses a diretores de concessionárias de pedágio
O deputado Artagão Júnior levantou questionamentos acerca dos óbitos em acidentes nas rodovias paranaenses, durante a 17ª reunião da CPI dos Pedágios, nesta terça-feira (12). Segundo o diretor-presidente presidente da concessionária Caminhos do Paraná, Ru
O deputado Artagão Júnior levantou questionamentos acerca
dos óbitos em acidentes nas rodovias paranaenses, durante a 17ª reunião da CPI
dos Pedágios, nesta terça-feira (12). Segundo o diretor-presidente da concessionária Caminhos do Paraná, Ruy Sergio Giublin, mesmo com o aumento
do fluxo de veÃculos houve queda no número de mortes em acidentes. O deputado
Artagão Júnior questionou, lembrando do depoimento de um médico durante a
sessão itinerante em Guarapuava, na última semana, que disse que muitas vÃtimas
de acidentes chegam ao hospital com vida, mas acabam morrendo horas depois.
Desta forma, não é contabilizado pelas concessionárias como óbito nas rodovias.
“Acho que essa é a discussão mais importante de todas. GostarÃamos de um
levantamento detalhado levando em conta o fluxo de veÃculos antes dos pedágios
e agora, para fazermos, proporcionalmente, uma análise dos óbitos”, disse o
deputado Artagão Júnior. Giublin se comprometeu a entregar documentações contendo
os números à CPI.
A Caminhos do Paraná é detentora do lote 4 do Anel do
Integração, o que corresponde a 388 quilômetros de rodovias sob concessão. A
praça de pedágio de Lapa foi incluÃda em 2003, como parte do acordo decorrente
do segundo termo aditivo, em 2002. O deputado Artagão Júnior perguntou se a instalação
da praça foi a principal compensação financeira da concessionária, devido ao
desiquilÃbrio financeiro alegado em função do ato unilateral do governo, em
1998, que diminuiu em 50% as tarifas. Giublin respondeu que não, e que as
negociações com o Governo do Estado devem reequilibrar o contrato. Ainda
segundo ele, a duplicação de Guarapuava ao Rio das Mortes, na BR-277, deve
ficar pronta até o final do ano que vem. Ao todo, até o final da concessão, em
2021, estão previstos R$ 300 milhões em duplicações, garantiu Giublin.
Viapar
Também depôs o diretor-presidente da Viapar, Marcelo Stachow
Machado da Silva, que contestou o relatório preliminar do Tribunal de Contas do
Paraná (TCE), que levanta incertezas quanto a capacidade financeira da empresa
em cumprir o cronograma de obras. “Temos assegurados R$ 614 milhões de
empréstimo do BNDES, o que representa 50% dos investimentos previstos para os
próximos cinco anos. Estamos preparando a nossa defesa sobre o relatório do TC,
e vamos apresentar em breve”, garantiu.
O deputado Artagão Júnior também questionou sobre a falta de
transparência nas contratações das consultorias. “Se vocês já possuem
expressivo número de colaboradores, um corpo técnico bastante qualificado, como
vocês mesmo dizem, por que se faz tão necessária a contratação de consultoria?”.
O representante da Viapar disse que o serviço só é contratado em determinadas
obras, e que, após concluÃdas, volta-se ao quadro normal de funcionários, que
hoje está em 1056 pessoas contratadas.