Artagão Júnior questiona as suspensões de ações judiciais envolvendo os pedágios
Conforme os depoimentos dos ex-procuradores-gerais do Estado, Júlio César Zem Cardozo e Sérgio Botto de Lacerda, na 8ª reunião ordinária da CPI dos Pedágios, realizada nesta terça-feira (10), ações judiciais envolvendo as concessionárias e...
Conforme os depoimentos dos ex-procuradores-gerais do
Estado, Júlio César Zem Cardozo e Sérgio Botto de Lacerda, na 8ª reunião
ordinária da CPI dos Pedágios, realizada nesta terça-feira (10), ações
judiciais envolvendo as concessionárias e o Estado estão suspensas.
“A quem interessa que as ações judiciais estejam suspensas?”,
indagou o deputado Artagão Júnior. O parlamentar sugeriu que a CPI solicite
oficialmente a retomada destas ações.
De acordo com Zem Cardozo, que deixou o cargo de
procurador-geral do Estado na última semana, cerca de 60% das ações são movidas
pelas concessionárias, 30% de iniciativa popular, e 10% do DER ou do Estado.
Segundo o ex-procurador-geral, a Fundação Instituto de
Administração (FIA) foi contratada pelo DER para realizar um estudo técnico dos
contratos e aditivos que envolvem todo o Anel de Integração. O estudo deve
ficar pronto até o final do ano. “Para se chegar a um acordo no sentido de recompor
o equilÃbrio financeiro a PGE aguarda a conclusão desta aferição que está sendo
feita pela FIA, contratada como um assistente técnico”.
Sérgio Botto de Lacerda, que foi procurador-geral no perÃodo
de 2003 a 2007, no governo Requião, afirmou que realizou um estudo no qual sugere
que o governo federal suspenda as concessões no Paraná e retome o papel de
fiscalizador. “A maioria das rodovias pedagiadas é de domÃnio federal. Porém, a
União sequer se manifesta quanto às ações judiciais. O governo federal apenas
delegou ao Estado às concessões. Continua sendo o proprietário das rodovias”,
disse.
Segundo os dois procuradores, a principal ação judicial, também
suspensa, é a nº 7929, de 2005, onde o Estado e o DER solicitam, na 2ª Vara da
Justiça Federal de Curitiba, a declaração de nulidade dos termos aditivos
realizados em 2000 e 2002. O deputado Artagão Júnior novamente interviu. “Esta
é uma ação que precisa voltar a tramitar. É a principal de todas. A mais
resolutiva”.