24/03/2015 17:29:00
Após o assassinato de um agente penitenciário dentro do Centro de Regime Semiaberto de Guarapuava (Crag), no dia 14 de março, o clamor por mais segurança no município se intensificou. Nesta terça-feira (24), o deputado Artagão Júnior participou de uma grande audiência com o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, para reivindicar uma atitude imediata do Governo do Estado.
Também participaram da reunião promotores da Vara de Execuções Penais (VEP) de Guarapuava e a juíza substituta Paola Mancini, o prefeito Cesar Silvestri Filho, os deputados Bernardo Carli e Critina Silvestri, o comandante do 16°BPM, tenente-coronel Edson Solak, o delegado da 14.ª SDP, Rubens Miranda Júnior, o diretor do Crag, Marlon Piccioni, o diretor da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), Renato Silvestre, representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen) e demais agentes penitenciários do município.
Na ocasião, foram apresentadas as seguintes reivindicações:
- Transferência imediata de presos de alta periculosidade
- Guarda armada nas unidades prisionais
- Aumento do efetivo dos agentes penitenciários
- Criação do Setor de Operações Especiais (SOE) de Guarapuava, para operar dentro dos presídios
- Construção de uma muralha em volta do Crag
- Maior autonomia para a VEP no sistema de seleção de presos
- Instalação de sensores de movimento, câmeras e interdição de ruas nas intermediações dos presídios, entre outras.
De imediato, o secretário determinou ao Departamento de Execução Penal (Depen) a criação do SOE Guarapuava – atualmente, há uma equipe de Curitiba operando no município. Francischini ainda ressaltou que dará andamento aos demais pleitos.
O deputado Artagão Júnior destacou que o momento pede soluções rápidas. “Em toda a minha atividade como deputado estadual, nunca vi uma mobilização como essa em prol da segurança de Guarapuava. Historicamente, o sistema penitenciário de Guarapuava era referência para os outros municípios do Estado. Hoje a situação está caótica. Mesmo sabendo da crise financeira pela qual atravessa o Estado, esperamos que o governo priorize estas demandas e não mediremos esforços para que isso aconteça”, ressaltou o parlamentar.
O aumento da criminalidade no município, as rebeliões nos presídios, a sensação de insegurança dos agentes penitenciários e profissionais da Justiça também foram relatados ao secretário.
Atualmente, 300 presos ficam na cadeia pública, 240 na PIG e outros 203 detentos no Crag. Sob a jurisdição da VEP estão 15 comarcas, o que corresponde a uma população de cerca de 500 mil habitantes.