Deputado Artagão Júnior critica a tabela de preços praticada pelas concessionárias de pedágio
O deputado Artagão Júnior criticou a metodologia da cotação de preços nas obras realizadas pelas concessionárias de pedágio, na qual o poder concedente acata as propostas das empresas. Durante a 18ª reunião ordinária da CPI do Pedágio, nesta terça-feira (
O deputado Artagão Júnior criticou a metodologia da cotação
de preços nas obras realizadas pelas concessionárias de pedágio, na qual o
poder concedente acata as propostas das empresas. Durante a 18ª reunião
ordinária da CPI do Pedágio, nesta terça-feira (19), quando estava depondo o
presidente da Rodonorte, José Alberto Moita, o deputado Artagão Júnior
ressaltou que, em todas as obras nas rodovias licitadas pelo Estado, o preço
praticado tem como base a planilha do DER.
“O equÃvoco, no meu entendimento, está na formatação dos
contratos e no momento da concessão, onde o projeto é apresentado com preços
unitários acima da tabela do DER. É um absurdo termos preços apresentados pelas
concessionárias de 10, 20, 30% acima da tabela do poder concedente”, disse o
deputado.
De acordo com o próprio presidente da Rodonorte, o preço
contratado pela tonelada do CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) nas
obras do contorno de Campo Largo, na BR-277, foi de R$ 270,00, enquanto que na
tabela do DER está em R$ 193,00. Quem está realizando as obras é a JMalucelli
Construtora, empresa que detém 6% das cotas da Rodonorte.
“É o mercado que
define o preço. Estamos com o setor de infraestrutura aquecido no Brasil, com
dificuldades na contratação de engenheiros”, argumentou José Alberto Moita,
revelando que a previsão de arrecadação da Rodonorte para este ano é de R$ 600
milhões.
Ainda de acordo com ele, a duplicação de 244 km na BR-376,
entre Ponta Grossa e Apucarana, ainda esbarra em questões jurÃdicas e licenças
ambientais.
Ecovia
Também depôs o diretor-presidente da Ecovia, Evandro Couto
Viana. A concessionária é detentora do Lote 6 do Anel de Integração, correspondendo
a 175,1 km de estradas entre Curitiba e as cidades litorâneas. Nos
contratos iniciais, em 1997, a empresa previa R$ 169 milhões em
investimentos. Hoje, após os termos aditivos de 2000 e 2002 que suprimiram
obras, a obrigação caiu para R$ 127 milhões.