Representantes da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) deporam na reunião da CPI do Pedágio desta terça-feira (3). Contratados pela Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do Paraná) para fazer uma análise
Representantes da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas)
depuseram na reunião da CPI do Pedágio desta terça-feira (3). Contratados pela
Agepar (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Infraestrutura do
Paraná) para fazer uma análise econômico-financeira dos contratos vigentes das
concessões das rodovias no Estado, os técnicos da Fipe não convenceram os
deputados. “Ainda faltam dados do DER para concluirmos o nosso estudo”, disse o
advogado da Fipe, Fernando Albino de Oliveira.
Também representando a Fipe, as economistas Natália Poiatti
e Paula Pereda seguiram o mesmo tom, dizendo que ainda não se pode ter uma
conclusão sobre um desequilÃbrio financeiro em desfavor da população. O
deputado Artagão Júnior citou o exemplo da Ecocataratas, que desde 2005 está
desobrigada de realizar investimentos. “O trecho de aproximadamente 400 km,
entre Foz do Iguaçu e Candói, na BR-277, devido a uma decisão judicial, está desde
2005 sem qualquer investimento em duplicações e terceiras faixas. Até 2021 não
há nada previsto. Uma tarifa de quase dez reais por praça. Fica claro o desequilÃbrio
financeiro em favor das concessionárias”, ressaltou o deputado.
Artagão Júnior também contestou o estudo da Fipe que se
baseia no volume de tráfego com dados fornecidos pelas empresas de pedágio. “Não podemos aceitar um estudo sem outros
parâmetros de tráfego. Vocês falaram em tráfego real de veÃculos, mas nenhum
levantamento foi feito, a não ser avaliar os relatórios das concessionárias e
do DER”.
Requerimento contra o
reajuste de 5,72%
O reajuste de 5,72% nas tarifas de pedágio no Estado,
ocorrido na semana passada, também foi repudiado pelo deputado Artagão Júnior. “Foi
uma postura ofensiva ao trabalho da CPI e, sobretudo, à população paranaense”,
enfatizou. Na sessão plenária desta terça-feira, os deputados deverão
apresentar em plenário um requerimento pedindo a suspensão imediata do
reajuste.