Diretor-geral do DER e diretor na época do governo Lerner depõem na CPI dos Pedágios
A 12ª reunião ordinária da CPI dos Pedágios, realizada nesta terça-feira (8), teve os depoimentos do ex-diretor-geral do DER, Paulo Dalmaz, e do atual, Nelson Leal Júnior...
A 12ª reunião ordinária da CPI dos Pedágios, realizada nesta
terça-feira (8), teve os depoimentos do ex-diretor-geral do DER, Paulo Dalmaz,
e do atual, Nelson Leal Júnior.
Dalmaz esteve à frente do DER durante o segundo mandato do
então governador Jaime Lerner, na época da implantação dos pedágios no Paraná.
O deputado Artagão Júnior questionou sobre como era feita a fiscalização das
obras e o controle do fluxo de veículos. Dalmaz disse que havia a fiscalização
e que o controle do fluxo era auditado pelo DER com base nos relatórios das
concessionárias. Também revelou que os aditivos contratuais de 2000 e 2002 foram
anuídos pela União.
Atualmente, há 188 ações envolvendo o Estado e as
concessionárias que estão suspensas na Justiça. A suspensão deve-se às
negociações que o Governo do Estado está fazendo com as empresas para se chegar
a um acordo que contemple a redução das tarifas e retomada de obras, que foram
retiradas nos aditivos. A maioria das ações é contra o Estado.
O atual diretor-geral do DER, Nelson Leal Júnior, fez uma
explanação detalhada de todo o histórico dos pedágios no Estado, mostrando
planilhas com os valores e as obras previstas nos contratos iniciais e as
alterações feitas nos aditivos envolvendo todos os lotes. Segundo ele, até o final de 2013, as negociações para a redução das tarifas e a retomada de obras devem ser concluídas.
Artagão Júnior voltou a fazer o questionamento sobre o fluxo
de veículos. Leal Júnior disse que as propostas comerciais das concessionárias
previam o aumento do fluxo com o passar dos anos. O DER tem acesso ao fluxo
com base em amostragens feitas pelos gerentes de contrato. Temos uma
consultoria em cada lote. Mas estamos desenvolvendo um projeto para termos o
fluxo exato em cada praça, disse o diretor-geral do DER.
Sobre o fato de as notas emitidas nas praças não possuírem
valor fiscal, Leal Júnior afirmou que o Estado não arrecada impostos com os pedágios. Apenas os
municípios e o governo federal cobram tributos. As concessionárias estão em negociação com a
Receita Federal. Não é prerrogativa do DER averiguar esta situação, afirmou.
De acordo com ele, o governo federal arrecada por ano cerca de R$ 300 milhões.
Na próxima terça-feira (15), devem depor Rogério Tizzot,
diretor-geral do DER no governo Requião, representantes do Tribunal de Contas
da União (TCU) e o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná
(Faep), Ágide Meneguette.