Nesta segunda-feira (19), o deputado Artagão Júnior acompanhou o prefeito de Reserva, Luizinho Vosniak, em audiências no Comando Geral da Polícia Militar e na Secretaria de Segurança Pública para reivindicar providências no município, que sofre com os constantes ataques com explosivos a caixas eletrônicos. Nos últimos sete meses, foram seis explosões em agências bancárias.

Primeiramente, recebidos pelo comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortato, discutiu-se o baixo efetivo na cidade (dois policiais por turno). O deputado mais uma vez pediu para que seja instalada uma companhia independente no município, que é o 13º em extensão territorial no Paraná. O comandante-geral disse que há discussão avançada para a criação de um batalhão em Telêmaco Borba, o que facilitaria a instalação da companhia em Reserva.

Outra demanda apresentada na PM foi a necessidade de se ter uma camionete traçada. Atualmente, o destacamento trabalha com uma Renault Duster. O deputado apontou a incoerência de as camionetes traçadas ficarem nos municípios maiores e mais urbanizados. “Deveria ser o contrário, pois são nos municípios menores, com maior extensão rural, que essas camionetes podem fazer a diferença”, salientou o parlamentar.

Tortato se demonstrou sensível aos pleitos e disse que a PM está trabalhando para que sejam atendidos. Também garantiu que fará uma visita ao município.

Segurança Pública

Na audiência com o secretário de Segurança, Wagner Mesquita de Oliveira, o prefeito relatou a sensação de insegurança devido às já corriqueiras explosões de caixas eletrônicos. “Temos vivido noites de terror. Os bandidos chegam fortemente armados atirando para todos os lados”, disse Vosniak. Segundo o prefeito, dentro dos próximos dias serão instaladas câmeras de segurança em pontos estratégicos da cidade.

O secretário argumentou que o setor de inteligência está investigando este tipo de crime em todo o Estado e que as prisões estão acontecendo. Ele foi enfático ao dizer que as agências bancárias precisam ajudar com a instalação de dispositivos que possam inibir a ação dos criminosos, como um equipamento que lança fumaça no momento do arrombamento. “De nada vai adiantar as prisões se os bancos não se equiparem, pois as quadrilhas vão se multiplicando e procurando as agências onde não há os dispositivos”. De acordo com o secretário, há negociação avançada neste sentido com a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). “Há um estudo da Secretaria que comprova que a maioria esmagadora das agências vítimas das explosões não possui esses equipamentos”, reforçou o secretário. A informação foi confirmada pelo deputado Artagão Júnior, que participou da CPI dos Caixas Eletrônicos na Assembleia Legislativa.