23/11/2016 14:13:00
O II Seminário Estadual do Programa Família Paranaense teve sua abertura na manhã desta quarta-feira (23), em Curitiba, reunindo aproximadamente 250 técnicos das secretarias estaduais que atuam no planejamento, acompanhamento e monitoramento das ações do programa junto às famílias, além também de instituições parceiras.
O Família Paranaense é o principal programa do Governo do Paraná para reduzir a pobreza e reúne ações de 19 secretarias, empresas estaduais e municípios, sob a coordenação da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social.
Atualmente, o programa está nos 399 municípios do estado e já atendeu 253,8 mil famílias em situação de risco e vulnerabilidade social. De acordo com o último levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2009 a 2014 o Paraná liderou a redução da extrema pobreza nas regiões Sul e Sudeste do País. Nesse período, 214,6 mil pessoas deixaram a extrema pobreza - uma redução de 57,4%.
COMO FUNCIONA – As famílias incluídas no Família Paranaense recebem acompanhamento personalizado por um período de dois anos. O plano de atendimento leva em consideração as necessidades de cada família e as especificidades da região onde vivem. Nesse período, elas são atendidas por uma rede integrada de proteção, principalmente nas áreas da assistência social, saúde, educação, habitação, agricultura e trabalho.
O programa possui um modelo específico de acompanhamento familiar, com acompanhamento técnico, que identifica as suas potencialidades e os recursos existentes, para depois definir o plano que a ajudará a promover o seu desenvolvimento autônomo.
Todos os municípios, mesmo os que não aderiram ao programa, estão incluídos na modalidade Renda Família Paranaense. Criado em dezembro de 2013, o benefício faz a transferência direta de renda. Até novembro deste ano, foram destinados mais de R$ 97 milhões a 244 mil famílias atendidas nesta modalidade.
Socioeducação
Já os municípios incluídos na modalidade Afai fazem o acompanhamento sistemático de famílias que possuem adolescentes internados por medida socioeducativa, durante o período de internação e, posteriormente, durante um ano após a sua volta para casa.
Acompanhando o governador Beto Richa, a secretária da Família, Fernanda Richa, entre outras autoridades, o secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, deputado Artagão Júnior, enalteceu o projeto.
“Fiquei surpreendido em uma visita ao Centro de Socioeducação (Cense) São Francisco, na região metropolitana, quando assumimos a Seju no começo do ano. Vi meninos de 17, 18 anos que já poderiam sair da unidade, mas queriam ficar por mais um tempo. Eu não entendi o porquê de não quererem voltar pra casa, estando liberados. Um deles disse que o pai e mãe tinham morrido e não tinha mais casa. Outro disse que a mãe era dependente química, que estava se relacionando com uma pessoa agressiva e não tinha mais espaço na sua casa”, contou Artagão Júnior.
O secretário e deputado complementou: “Quando eu enfrentei essa realidade eu passei a entender melhor o que o Estado do Paraná tem feito por esses adolescentes. Um investimento gigantesco que muitas vezes não é reconhecido. Quando a gente fala do sistema socioeducativo, a gente fala hoje de aproximadamente 1.100 meninos e meninas, sendo que 60% deles são de famílias com renda de até dois salários mínimos; outros 23% de até quatro salários mínimos. É justamente aí que o Família Paranaense atua, resgatando as famílias do processo de vulnerabilidade social, acompanhando, capacitando e dando sustentação. Desta forma, estas famílias podem ter uma nova visão, uma nova perspectiva e uma nova esperança”.