06/10/2016 14:46:00
O Centro Estadual de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas (Ceim) já está funcionando em Curitiba. Inaugurado na terça-feira (4), o espaço oferece diversos serviços aos migrantes que chegam à Capital. O centro, localizado na Rua Desembargador Westphalen, 15, 13º andar, Edifício Dante Alighieri, conta com parcerias das Secretarias de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos; da Família e Desenvolvimento Social; da Educação, da Saúde e da Administração e Previdência.
O Brasil abriga quase dois milhões de migrantes regulares, segundo estatísticas da Polícia Federal atualizadas em março de 2015. Um número que não reflete a realidade já que muitas vezes a entrada de estrangeiros no país não é legal e por isso não é registrada. Como existem diversas instituições prestando atendimento, as informações são desencontradas. “Por isso o Paraná vai começar um trabalho, em parceria com os municípios, para mensurar o número de migrantes e refugiados que vivem em nosso Estado. Um trabalho de extrema importância para oferecer um acolhimento de qualidade a essas pessoas”, explicou o secretário da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos, deputado Artagão Júnior.
A secretária da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, falou sobre a importância desse espaço diante do cenário mundial. “Temos visto que os refugiados estão correndo pelo mundo inteiro, existe a necessidade de apoio. A criação desse espaço foi um pedido do governador Beto Richa e nós não poderíamos nos eximir dessa responsabilidade”, afirmou Fernanda.
TRABALHO COM OS MUNICÍPIOS - A chegada ao Brasil é muitas vezes difícil e confusa, principalmente por causa da língua. O haitiano Daniel Felício lembra-se de como foi difícil os primeiros meses no país. “Eu não sabia onde procurar ajuda. Não sabia onde me informar. Por isso um lugar como este é tão importante”, relembra Daniel, que há três anos vive no Brasil.
PARANÁ COMO EXEMPLO - Para o chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná (Erepa), embaixador Paulo Américo Wolowski, o Paraná vai servir de modelo para outros estados. “Não existe nenhum espaço assim no Brasil, que acolha e oriente quem chega de outros países, muitas vezes em situações precárias. Esse espaço é fundamental para que essas pessoas tenham acesso às políticas públicas que podem lhes garantir dignidade”, reforçou.