A CPI dos Pedágios entrou numa nova fase nesta terça-feira (29), durante a 15ª reunião ordinária, quando começaram a ser ouvidos os representantes das concessionárias. A reunião desta terça foi marcada pelos depoimentos do diretor regional da...
A CPI dos Pedágios entrou numa nova fase nesta terça-feira
(29), durante a 15ª reunião ordinária, quando começaram a ser ouvidos os representantes
das concessionárias. A reunião desta terça foi marcada pelos depoimentos do
diretor regional da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR),
João Chiminazzo, e do diretor-presidente da concessionária Econorte, Hélio
Ogama.
Chiminazzo fez uma longa explanação, com o auxÃlio de
slides, na tentativa de ressaltar os benefÃcios que os pedágios trouxeram ao
Estado. “Precisamos lembrar do estado dramático em que se encontravam as
rodovias”, disse por diversas vezes. De acordo com ele, não existe “caixa preta
do pedágio”, e que todas as acusações acerca da má fé das empresas são
injustas, “decorrentes da falta de conhecimento da realidade”.
O deputado Artagão Júnior fez o questionamento sobre o
controle de tráfego de veÃculos, se o Estado tem algum tipo de controle.
Chiminazzo afirmou que o DER recebe os balancetes mensais das concessionárias.
Disse ainda que há sensores nas praças que registram as passagens de veÃculos. “Não
há como haver erros”, defendeu.
Artagão Júnior também indagou a respeito das autuações do
Estado contra as empresas. O parlamentar perguntou se há multas e se foram pagas. O diretor regional da
ABCR disse que sim, que o DER autua as concessionárias quando constata alguma irregularidade e que aplica as multas, muitas delas já pagas. Artagão Júnior solicitou documentações que comprovem a informação. “É
importante termos o número de autuações, e se foram pagas, para averiguarmos a
eficácia do DER no trabalho de fiscalização”, argumentou o deputado.
Econorte
Após a oitiva de Chiminazzo, foi a vez do diretor-presidente
da Econorte, Hélio Ogama, dar o seu depoimento. Também se utilizando de slides,
ele apresentou números dos investimentos, considerando as alterações
contratuais ocorridas nos termos aditivos de 2000 e 2002. A Econorte é
detentora do lote 1 do Anel de Integração, que corresponde às rodovias BR-369, PR-445,
PR-323, PR-090 e BR-153, abrangendo 15 municÃpios, que, segundo Ogama, já
receberam R$ 61 milhões de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza),
desde 2000, ano em que os repasses começaram a ser feitos.
O deputado Artagão Júnior perguntou ao diretor-presidente da
Econorte sobre a contração de consultorias cujos representantes mantêm vÃnculos
com as concessionárias. “É costumeira a contratação de consultorias vinculadas
às concessionárias? Há algum tipo de critério?”, indagou. Com a ajuda de sua
assessoria jurÃdica, Ogama afirmou que a Econorte nunca contratou consultoria
de empresas que tenham algum tipo de vÃnculo. "Os contratos são feitos através de pesquisa de mercado, sem vÃnculos com sócios", afirmou.
Após os depoimentos, os deputados aprovaram o agendamento de
uma audiência no STF (Supremo Tribunal Federal). A próxima reunião da CPI dos
Pedágios está marcada para o próximo dia 5 de novembro, quando deverão ser
ouvidos representantes do TCU (Tribunal de Contas da União) e da concessionária
Ecocataratas, detentora do Lote 3.